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Toxina Botulínica: Tudo o Que Você Precisa Saber Antes de Aplicar

  • Foto do escritor: Dra Flávia Catricala
    Dra Flávia Catricala
  • 28 de jul.
  • 5 min de leitura
Efeitos Adversos da Toxina Botulínica_ Uma Revisão

Dica especial: se preferir, você também pode ouvir resumo dos artigos utilizados como referência para essa postagem, como se fosse um podcast — prático e interativo para acompanhar onde e quando quiser!


Este é um guia Completo da Dra. Flávia Catricala com riscos e cuidados com a Toxina Botulínica


O que é a toxina botulínica e como ela funciona em procedimentos estéticos?


A toxina botulínica, mais conhecida como Botox, é uma substância derivada da bactéria Clostridium botulinum. No campo da estética, e também para certas condições faciais, ela age bloqueando a transm

issão nervosa e inibindo a liberação de acetilcolina, uma substância que causa a contração muscular. Esse bloqueio resulta no relaxamento do músculo, o que suaviza rugas e linhas de expressão causadas por movimentos repetitivos. A forma mais comum de toxina utilizada é a do tipo A, e seus efeitos duram em média de 3 a 6 meses.


Quais são os efeitos adversos mais comuns associados à aplicação da toxina botulínica tipo A?


Embora a toxina botulínica seja considerada segura para uso estético, alguns efeitos adversos podem ocorrer. Os mais frequentemente mencionados nos estudos são:


Ptose palpebral (queda da pálpebra): Cerca de 18,38% das menções nos artigos revisados.


Olho seco: Comum devido à difusão da toxina para estruturas responsáveis pelo fechamento palpebral.


Edema local (inchaço): Ocupa a terceira posição em frequência, podendo ser causado por trauma da injeção, reações alérgicas ou comprometimento da drenagem linfática.


Boca seca (xerostomia): Relatada por alguns estudos.


Cefaleia (dor de cabeça): Geralmente transitória, com duração de 24 a 72 horas, e pode ser aliviada com analgésicos.


Outros efeitos comuns incluem equimoses (manchas roxas), assimetrias faciais, dor no local da aplicação e eritema (vermelhidão).


Existem efeitos adversos mais raros ou graves que podem surgir?


Sim, embora menos comuns, podem ocorrer efeitos adversos mais graves. Entre eles, destacam-se:


Reações alérgicas: Em casos raros, podem ser necessárias intervenções como anti-histamínicos ou corticosteroides.


Infecções: Preveníveis com assepsia adequada da pele e uso de materiais estéreis.

Diplopia (visão dupla): Pode ser monocular ou binocular, e sua causa exata após a toxina não é sempre clara, mas pode estar relacionada à aplicação inadequada ou difusão para músculos extraoculares.


Difusão indesejada da toxina para músculos vizinhos: Pode levar a paresia local (fraqueza muscular parcial) em regiões não desejadas, como a paralisia do músculo frontal ou do levantador da pálpebra superior.


Perda visual: Uma ocorrência rara, mas que reforça a necessidade de aplicação segura e conhecimento anatômico.


Por que a ptose palpebral é o efeito adverso mais frequente e como ela pode ser tratada?


A ptose palpebral é o efeito adverso mais recorrente (aproximadamente 18,38% das menções) e ocorre principalmente em procedimentos na região da glabela. Isso se deve à difusão da toxina para o músculo levantador da pálpebra superior, que perde sua capacidade de abertura total ou parcial. A incidência é maior com técnicas de aplicação inadequadas, considerando a delicada anatomia da região (músculos corrugador do supercílio, prócero, orbicular dos olhos e frontal, próximos a estruturas sensíveis).


O tratamento da ptose palpebral geralmente envolve abordagens não invasivas para acelerar a recuperação muscular, como:


  • Radiofrequência

  • Eletroestimulação

  • Massagens direcionadas

  • Aplicação de luzes LED (faixas vermelha ou infravermelha)

  • Em alguns casos, colírios específicos como Alphagan e Iopidine, que estimulam a elevação da pálpebra.


Qual a importância do conhecimento anatômico para prevenir complicações na aplicação da toxina botulínica?


O domínio preciso da anatomia funcional da face é crucial para a prevenção de efeitos adversos.


O profissional deve ter conhecimento detalhado dos músculos envolvidos na mímica facial, suas origens, inserções e funções. Isso permite aplicar a substância de forma estratégica, respeitando a ação dos músculos e evitando a difusão indesejada da toxina para áreas adjacentes.


A identificação correta da função muscular também é essencial para alcançar os resultados estéticos desejados sem comprometer a harmonia facial ou causar paresias em músculos vizinhos.


Como a dose e a técnica de aplicação podem influenciar o surgimento de efeitos adversos?


A dosagem da toxina botulínica varia de acordo com fatores como a genética do paciente, a força e massa muscular, a marca do produto e a técnica aplicada. Uma dosagem inadequada ou uma técnica de aplicação incorreta podem aumentar o risco de efeitos adversos. Por exemplo, a aplicação próxima à linha pupilar média ou o uso de volumes excessivamente diluídos podem levar à ptose palpebral. Evitar a inibição da função compensatória do músculo frontal, aplicando a toxina pelo menos 1,5 a 2 cm acima da sobrancelha, é uma medida preventiva importante. Além disso, a falta de orientações ao paciente sobre cuidados nas primeiras horas após a aplicação (como evitar manipulação da área) pode favorecer a migração indesejada do produto.


O que é paresia local e como ela se manifesta?


Paresia local é a redução parcial e transitória da força muscular em uma região específica do corpo. No contexto da toxina botulínica, ocorre quando o agente se difunde para músculos adjacentes ao alvo desejado. Clinicamente, pode se manifestar como assimetria facial, queda da pálpebra (ptose palpebral) ou alteração no sorriso, dependendo do músculo afetado. A paresia geralmente se inicia poucos dias após a aplicação e tende a se resolver espontaneamente em semanas ou poucos meses, conforme a toxina é metabolizada no local.


Quais medidas preventivas e terapêuticas são recomendadas para minimizar os riscos e gerenciar os efeitos adversos?


Para minimizar os riscos, são essenciais:


Capacitação profissional: Dominar a anatomia facial e as técnicas de aplicação.


Avaliação individualizada: Considerar a anatomia e histórico de cada paciente.


Dosagem adequada: Ajustar a quantidade de toxina conforme as necessidades do paciente.


Assepsia rigorosa: Utilizar materiais estéreis e realizar a limpeza da pele para prevenir infecções.


Orientação ao paciente: Informar sobre cuidados pós-aplicação para evitar a migração da toxina.


Em relação ao manejo de efeitos adversos, dependendo da intercorrência, as medidas podem incluir:


Ptose palpebral: Radiofrequência, eletroestimulação, massagens, luzes LED, e colírios específicos (Alphagan, Iopidine).


Olho seco: Lubrificação intensa com colírios e géis oculares, acompanhamento oftalmológico.


Edema: Compressas mornas, movimentos frequentes de piscar, automassagem da região afetada.


Cefaleia: Analgésicos comuns, anti-inflamatórios, compressas frias; em casos persistentes, ajustar a dosagem na próxima aplicação.




Dra Flavia Catricala

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Referencia bibliográfica:

Souza, T., Carvalho, T., Bitencourt, D., Cristina, P., Nascimento, G., Marmo, M., … Surcin, L. (2025). OS PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS CAUSADOS PELA TOXINA BOTULÍNICA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Brazilian Aesthetic Journal, 1(1). Recuperado de https://aestheticjournal.com.br/index.php/rec/article/view/9

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